quinta-feira, 21 de junho de 2012

Kata


Os Kata, são o início e o fim desta arte marcial, sem dúvida é a essência do Karatê.
Um Kata nada mais é do que um segmento de movimentos de Karatê codificados com esmero, executados na mesma maneira e nas mesmas direções. Na duração do Kata, o praticante executa uma série importante de técnicas. Dentre todas as artes marciais, os Kata do Karatê são os únicos que se executam só e sem acessórios especiais. É na execução do Kata que podemos notar o progresso que obtivemos. Para a obtenção de graus e faixas é necessário o seu teste. Nesta fase é incrível para quem assiste ver um só homem num combate contra vários adversários.

O Combate Real

É no Kata que o praticante deve colocar toda a sua força e energia ligadas à vontade. O plano é enfrentarmos entre 8 e 10 adversários. É a única maneira de adquirirmos a sensação de combate real e total, no qual poderá adquirir o domínio do corpo e do espírito. Até bem pouco tempo, os Katas, eram a única forma de chegarmos à progressão para o domínio manancial de eficácia absoluta. Foi o antagonismo dos universitários japoneses que deu origem à adjunção de uma forma nova, o combate livre, fazendo o sistema moderno de competições. Os Katas contêm todas as técnicas do Karatê moderno e diferem do Jiyu- Kumite que desenvolve o sentido da defesa numa só direção. Eles nos fazem descobrir em si mesmos uma fonte de possibilidades incríveis. Pelas obrigações que nos impõem em bloquear, esquivar, bater de mãos fechadas e pés encadeados, saltar por cima dos ataques, etc; nos dão a idéia de um ataque real no qual somos atacados de todos os lados e por todos os modos. Muitas vezes certas passagens dos Katas, parecem de pouco efeito se aplicadas num combate real, e que certos bloqueios são lentos. Sabemos que tudo isto pode encher de suspeitas o espírito daquele que inicia. Jamais um Kata é entendido a fundo, a não ser por um mestre. O belo, está em procurarmos os limites do incompreensível, a razão de nosso progresso, e somente mais tarde vemos que certas evoluções para nós estranhas tem um sentido pré- estabelecido.
O combate exige uma enorme tensão mental pois nos movimentamos pouco. Sabemos que, ao passo que conhecemos mais a fundo um Kata, uma nova possibilidade e compreensão se abre diante de nós. O Kata inicia por uma defesa, sendo que o Karatê deve ser utilizado para salvarmos nossa integridade física.
Aos poucos, vamos nos aproximando - através de várias repetições - do Kata verdadeiro distante de ser aquele incompreendido. Praticados e executados com sinceridade, ritmo, espírito, força e velocidade, é magnífico, belo e admirável para quem olha.



quarta-feira, 20 de junho de 2012

Filosofia - Caratê


Jogos de Oposição - Caratê


JO-CARA-TÊ

Divide-se os alunos em grupos com quatro pessoas, e devem ficar em circulo, de costas para o centro. O professor ira colocar uma música ou fazer um sinal sonoro e logo após eles devem andar em circulo, quando a musica parar ou o professor apitar, os alunos devem virar e fazer um elemento técnico do Caratê, por exemplo  defesa alta, média ou baixa. Quem do grupo fizer a defesa diferente dos demais, sai da brincadeira. A rodada continua até que sobrem os vencedores em apenas um grupo, havendo sempre dois campeões. A questão de vencer e perder deve-ser discutida entre os alunos, afim de demonstrar que nem sempre vencemos ou perdemos. 

Caratê




        O Caratê, como arte marcial, teve seu início através da imigração de monges e rebeldes, que dominavam essas técnicas.

Caratê é uma palavra japonesa que significa ‘mãos vazias’, é uma arte altamente cientifica, fazendo o mais eficaz uso de todas as partes do corpo para fins de autodefesa. O Caratê também é um meio ideal de exercício, pois desenvolve a força, a velocidade, a coordenação motora, o condicionamento físico e é reconhecido também por seus valores terapêuticos.

            O Caratê moderno nasceu na época em que o Mestre Gichin Funakoshi(1868-1957), então líder da sociedade Okinawa de Artes Marciais, foi solicitado pelo Ministério da Educação do Japão, em maio de 1992 a conduzir apresentações de Caratê em Tóquio. A nova arte foi recebida entusiasticamente e foi introduzida em varias universidades, onde criou raízes e começou a florescer. Devido ao fato do Caratê ter sido praticado secretamente no passado, um grande numero de escolas e estilos foram desenvolvidos.


Como se vê por esse breve histórico, várias escolas de Caratê surgiram. Muitas bem sucedidas e que carregam vários adeptos através dos anos, mantendo os ensinamentos originais de seus fundadores. Cada escola marcial, que se tornava forte, tinha suas próprias características tornando-se uma arte em si. Além disso, a partir do estilo especial de treinar Caratê criado em Okinawa, linhas também especiais surgiram, como o Goju-Ryu, Shito-Ryu e Shotokan.Esses se destacam como os principais estilos (mantém-se até hoje, no mundo todo). Cada estilo possuía dezenas de adeptos. Entre todos eles, alguns se sobressaiam e chegaram a desenvolver a arte marcial a um nível nunca atingido anteriormente. Dessa forma, o destaque e reconhecimento era inevitável. Muitos alunos e seguidores consideravam seus conhecimentos como um livro sagrado, na tentativa de perpetuar seus ideais. Porém essa perpetuação não ocorreu de forma ilesa, isso, por permitir um grande número de adeptos, que se espalhavam pelo mundo todo, e que acabaram por criar diferentes correntes. Para denotar essa situação, observa-se a figura. Nela estão descritos os três principais estilos e as mais fortes correntes atualmente existentes.




O Caratê esportivo  

           Nos últimos anos, foram, formuladas regras de combate simulado para evitar ferimentos graves, com o propósito de introduzir o Caratê como esporte competitivo. O Caratê de torneio é um jogo de reflexos que exige velocidade, técnica, estratégica, camaradagem e controle, onde prevalecem a honra, lealdade e sendo de compromisso. Durante os torneios, todos os golpes, embora fortemente focalizados, devem ser controlados precisamente antes do contato, embora seja muito excitante de assistir, o torneio de Caratê é considerado, pela maioria dos mestres, como um degrau e não como o objetivo principal no desenvolvimento do Carateca.
              Nos anos 50, as universidades no Japão começaram a promover competições de Caratê. O 1° Campeonato Mundial de Caratê foi realizado em 1970 em Tóquio, com a participação de 33 países e, desde então, cada campeonato mundial tem sido promovido de dois anos. Em 2002, o 16° Campeonato Mundial em Madri teve a participação de 84 países.
                                     
              O Caratê tem se espalhado rapidamente, não apenas entre as gerações mais novas como um esporte para melhorar a força, mais tem se tornado um meio popular de exercício para homens e mulheres de meia-idade para manter a forma, um numero crescente de academias de Caratê tem aberto e mantido turmas para crianças.





 Organização do Caratê mundial

              Devido à popularidade global do Caratê como esporte, a formação de uma federação internacional de Caratê tornou-se necessária. Em 1970, a União Mundial das Organizações de Caratê (WUKO) foi criada, desde então, todos os esforços tem sido feitos para incluir o Caratê nos Jogos Olímpicos, o maior símbolo das realizações do homem no campo desportivo. No dia 06 de junho de 1985, a WUKO foi oficialmente reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional.

            Alem de intenção de incluir o Caratê nos Jogos Olímpicos, o objetivo de WKF é de unificar todas as organizações que pratiquem Caratê, como esporte ou como uma arte tradicional, além de lutar também para promover ligações dentro de um espírito de amizade entre os Caratecas do mundo. A WKF representa o Caratê mundial e coordena todas as atividades de Caratê ao redor do mundo, estabelece regras técnicas e operacionais, organiza e controla reuniões internacionais e toma as decisões sobre vários assuntos que posam surgir entre os membros.



                    

  Elementos Básicos

  Ataque

                                                        


GYAKU-ZUKI - Soco inverso. Braço contrário ao pé da frente.



OI-ZUKI- Soco andando, braço correspondente ao pé que deslocou á frente.



MOROTE-ZUKI - Socos simultâneos. Braços paralelos horizontais ou verticalmente.

DAN-ZUKI - Socos consecutivos com o mesmo punho.

MAE-GERI - Pontapé frontal.
O joelho da perna de ataque passa rente ao joelho da perna de apoio e o pé de ataque rente e acima deste. O quadril desloca-se horizontalmente duran-te todo o movimento, atingindo-se o objetivo com a base inferior dos dedos.

YOKO-GERI - Pontapé lateral.
Eleva-se o joelho da perna de ataque passando com o pé rente a perna de apoio, apontado para frente ou para a lateral do corpo. A ponta do pé virada para frente e o bordo externo para baixo e paralelo ao chão, descreve urna trajetória em arco. Atinge-se o objetivo com o bordo externo do pé.


MAWASHI-GERI - Pontapé circular.
Eleva-se o joelho lateralmente, bem flexionado, colocando a perna paralela ao chão, com o pé apontando para o lado e a planta virada para trás. A coxa descreve um círculo amplo. O quadril deve acompanhá-la nessa trajetória, até a finalização do movimento com a extensão do joelho. 0 ponto para impacto pode ser à base dos dedos ou o dorso do pé.


DEFESA

AGE UKE - Defesa alta.
O antebraço desloca-se de baixo para cima descrevendo um arco na frente do corpo. A mão pára a 10cm da testa com a palma girada para frente, e o antebraço em posição oblíqua. No momento do impacto com o golpe do adversário, deve-se apertar fortemente a mão, contraindo os músculos do antebraço em cooperação com todo o corpo.


SOTO-UKE - Defesa média para dentro.
Eleva-se a mão até a altura da orelha, colocando o braço paralelo ao chão e ligeiramente para trás. Deste ponto inicia-se uma rotação descendente até atingir o cotovelo, antebraço e punho, verticalizados no plano sagital, a linha mediana do corpo. Antebraço e braço formam um ângulo reto. Finaliza-se com a palma da mão girada para o peito, na altura do ombro.

            
UCHI-UKE - Defesa média para fora.
O antebraço que defende traça um arco desde a axila do braço oposto. Desloca-se o punho para o exterior, baixando o cotovelo até que este se aproxime das costelas. O antebraço gira, colocando a palma da mão virada para o peito, na altura do ombro.                                                



GEDAN-BARAI - Defesa baixa.
Eleva-se o braço para colocar o punho junto à orelha do lado oposto, com a palma da mão virada para ela. Deste ponto baixa-se e estende-se o cotovelo até que o punho esteja aproximadamente 15cm acima do joelho. É uma defesa eficiente contra os ataques ao abdome, golpeando o golpe do adversário. Finaliza-se com o cotovelo totalmente estendido e a palma da mão virada para trás.



BASES