Os
Kata, são o início e o fim desta arte marcial, sem dúvida é a essência do
Karatê.
Um Kata nada mais é do que um segmento de movimentos de Karatê codificados com
esmero, executados na mesma maneira e nas mesmas direções. Na duração do Kata,
o praticante executa uma série importante de técnicas. Dentre todas as artes
marciais, os Kata do Karatê são os únicos que se executam só e sem acessórios
especiais. É na execução do Kata que podemos notar o progresso que obtivemos.
Para a obtenção de graus e faixas é necessário o seu teste. Nesta fase é
incrível para quem assiste ver um só homem num combate contra vários
adversários.
O
Combate Real
É
no Kata que o praticante deve colocar toda a sua força e energia ligadas à
vontade. O plano é enfrentarmos entre 8 e 10 adversários. É a única maneira de
adquirirmos a sensação de combate real e total, no qual poderá adquirir o
domínio do corpo e do espírito. Até bem pouco tempo, os Katas, eram a única
forma de chegarmos à progressão para o domínio manancial de eficácia absoluta.
Foi o antagonismo dos universitários japoneses que deu origem à adjunção de uma
forma nova, o combate livre, fazendo o sistema moderno de competições. Os Katas
contêm todas as técnicas do Karatê moderno e diferem do Jiyu- Kumite que
desenvolve o sentido da defesa numa só direção. Eles nos fazem descobrir em si
mesmos uma fonte de possibilidades incríveis. Pelas obrigações que nos impõem
em bloquear, esquivar, bater de mãos fechadas e pés encadeados, saltar por cima
dos ataques, etc; nos dão a idéia de um ataque real no qual somos atacados de
todos os lados e por todos os modos. Muitas vezes certas passagens dos Katas,
parecem de pouco efeito se aplicadas num combate real, e que certos bloqueios
são lentos. Sabemos que tudo isto pode encher de suspeitas o espírito daquele
que inicia. Jamais um Kata é entendido a fundo, a não ser por um mestre. O
belo, está em procurarmos os limites do incompreensível, a razão de nosso
progresso, e somente mais tarde vemos que certas evoluções para nós estranhas
tem um sentido pré- estabelecido.
O combate exige uma enorme tensão mental pois nos movimentamos pouco. Sabemos
que, ao passo que conhecemos mais a fundo um Kata, uma nova possibilidade e
compreensão se abre diante de nós. O Kata inicia por uma defesa, sendo que o
Karatê deve ser utilizado para salvarmos nossa integridade física.
Aos poucos, vamos nos aproximando - através de várias repetições - do Kata
verdadeiro distante de ser aquele incompreendido. Praticados e executados com
sinceridade, ritmo, espírito, força e velocidade, é magnífico, belo e admirável
para quem olha.
Divide-se os alunos em grupos com quatro pessoas, e devem ficar em circulo, de costas para o centro. O
professor ira colocar uma música ou fazer um sinal sonoro e logo após eles devem andar em circulo, quando
a musica parar ou o professor apitar, os alunos devem virar e
fazer um elemento técnico do Caratê, por exemplo defesa alta, média ou baixa. Quem do grupo fizer a defesa diferente dos
demais, sai da brincadeira. A rodada continua até que sobrem os vencedores em apenas um grupo, havendo sempre dois campeões. A questão de vencer e perder deve-ser discutida entre os alunos, afim de demonstrar que nem sempre vencemos ou perdemos.
O Caratê, como arte
marcial, teve seu início através da imigração de monges e rebeldes, que
dominavam essas técnicas.
Caratê
é uma palavra japonesa que significa ‘mãos vazias’, é uma arte altamente
cientifica, fazendo o mais eficaz uso de todas as partes do corpo para fins de
autodefesa. O Caratê também é um meio ideal de exercício, pois desenvolve a
força, a velocidade, a coordenação motora, o condicionamento físico e é
reconhecido também por seus valores terapêuticos.
O Caratê
moderno nasceu na época em que o Mestre Gichin Funakoshi(1868-1957), então
líder da sociedade Okinawa de Artes Marciais, foi solicitado pelo Ministério da
Educação do Japão, em maio de 1992 a conduzir apresentações de Caratê em Tóquio.
A nova arte foi recebida entusiasticamente e foi introduzida em varias
universidades, onde criou raízes e começou a florescer. Devido ao fato do Caratê ter sido praticado secretamente no passado, um grande numero de escolas e
estilos foram desenvolvidos.
Como
se vê por esse breve histórico, várias escolas de Caratê surgiram. Muitas bem
sucedidas e que carregam vários adeptos através dos anos, mantendo os
ensinamentos originais de seus fundadores. Cada escola marcial, que se tornava
forte, tinha suas próprias características tornando-se uma arte em si. Além
disso, a partir do estilo especial de treinar Caratê criado em Okinawa, linhas
também especiais surgiram, como
o Goju-Ryu, Shito-Ryu e Shotokan.Esses se destacam como os
principais estilos (mantém-se até hoje, no mundo todo). Cada estilo possuía
dezenas de adeptos. Entre todos eles, alguns se sobressaiam e chegaram a
desenvolver a arte marcial a um nível nunca atingido anteriormente. Dessa
forma, o destaque e reconhecimento era inevitável. Muitos alunos e seguidores
consideravam seus conhecimentos como um livro sagrado, na tentativa de
perpetuar seus ideais. Porém essa perpetuação não ocorreu de forma ilesa, isso,
por permitir um grande número de adeptos, que se espalhavam pelo mundo todo, e
que acabaram por criar diferentes correntes. Para denotar essa situação,
observa-se a figura. Nela estão descritos os três principais estilos e as mais
fortes correntes atualmente existentes.
O Caratê esportivo
Nos últimos anos, foram, formuladas regras de combate simulado para
evitar ferimentos graves, com o propósito de introduzir o Caratê como esporte
competitivo. O Caratê de torneio é um jogo de reflexos que exige velocidade,
técnica, estratégica, camaradagem e controle, onde prevalecem a honra, lealdade
e sendo de compromisso. Durante os torneios, todos os golpes, embora fortemente
focalizados, devem ser controlados precisamente antes do contato, embora seja
muito excitante de assistir, o torneio de Caratê é considerado, pela maioria
dos mestres, como um degrau e não como o objetivo principal no desenvolvimento
do Carateca. Nos
anos 50, as universidades no Japão começaram a promover competições de Caratê.
O 1° Campeonato Mundial de Caratê foi realizado em 1970 em Tóquio, com a
participação de 33 países e, desde então, cada campeonato mundial tem sido
promovido de dois anos. Em 2002, o 16° Campeonato Mundial em Madri teve a participação
de 84 países. O Caratê tem se espalhado rapidamente, não apenas entre as gerações mais novas
como um esporte para melhorar a força, mais tem se tornado um meio popular de
exercício para homens e mulheres de meia-idade para manter a forma, um numero crescente
de academias de Caratê tem aberto e mantido turmas para crianças.
Organização do Caratê mundial
Devido à popularidade
global do Caratê como esporte, a formação de uma federação internacional de Caratê
tornou-se necessária. Em 1970, a União Mundial das Organizações de Caratê
(WUKO) foi criada, desde então, todos os esforços tem sido feitos para incluir
o Caratê nos Jogos Olímpicos, o maior símbolo das realizações do homem no campo
desportivo. No dia 06 de junho de 1985, a WUKO foi oficialmente reconhecida
pelo Comitê Olímpico Internacional.
Alem de intenção de incluir o Caratê nos Jogos Olímpicos, o objetivo de WKF é
de unificar todas as organizações que pratiquem Caratê, como esporte ou como
uma arte tradicional, além de lutar também para promover ligações dentro de um
espírito de amizade entre os Caratecas do mundo. A WKF representa o Caratê
mundial e coordena todas as atividades de Caratê ao redor do mundo, estabelece
regras técnicas e operacionais, organiza e controla reuniões internacionais e
toma as decisões sobre vários assuntos que posam surgir entre os membros.
Elementos Básicos
Ataque
GYAKU-ZUKI
- Soco inverso. Braço contrário ao pé da frente.
OI-ZUKI- Soco andando, braço correspondente ao pé que deslocou á frente.
MOROTE-ZUKI
- Socos simultâneos. Braços paralelos horizontais ou verticalmente.
DAN-ZUKI
- Socos consecutivos com o mesmo punho.
MAE-GERI - Pontapé frontal.
O joelho da perna de ataque passa rente ao joelho da perna de apoio e o pé de
ataque rente e acima deste. O quadril desloca-se horizontalmente duran-te todo
o movimento, atingindo-se o objetivo com a base inferior dos dedos.
YOKO-GERI - Pontapé lateral.
Eleva-se o joelho da perna de ataque passando com o pé rente a perna de apoio,
apontado para frente ou para a lateral do corpo. A ponta do pé virada para
frente e o bordo externo para baixo e paralelo ao chão, descreve urna
trajetória em arco. Atinge-se o objetivo com o bordo externo do pé.
MAWASHI-GERI - Pontapé circular.
Eleva-se o joelho lateralmente, bem flexionado, colocando a perna paralela ao
chão, com o pé apontando para o lado e a planta virada para trás. A coxa
descreve um círculo amplo. O quadril deve acompanhá-la nessa trajetória, até a
finalização do movimento com a extensão do joelho. 0 ponto para impacto pode
ser à base dos dedos ou o dorso do pé.
DEFESA
AGE UKE - Defesa alta.
O antebraço desloca-se de baixo para cima descrevendo um arco na frente do
corpo. A mão pára a 10cm da testa com a palma girada para frente, e o antebraço
em posição oblíqua. No momento do impacto com o golpe do adversário, deve-se
apertar fortemente a mão, contraindo os músculos do antebraço em cooperação com
todo o corpo.
SOTO-UKE - Defesa média para dentro.
Eleva-se a mão até a altura da orelha, colocando o braço paralelo ao chão e
ligeiramente para trás. Deste ponto inicia-se uma rotação descendente até
atingir o cotovelo, antebraço e punho, verticalizados no plano sagital, a linha
mediana do corpo. Antebraço e braço formam um ângulo reto. Finaliza-se com a
palma da mão girada para o peito, na altura do ombro.
UCHI-UKE
- Defesa média para fora.
O antebraço que defende traça um arco desde a axila do braço oposto. Desloca-se
o punho para o exterior, baixando o cotovelo até que este se aproxime das
costelas. O antebraço gira, colocando a palma da mão virada para o peito, na
altura do ombro.
GEDAN-BARAI
- Defesa baixa.
Eleva-se o braço para colocar o punho junto à orelha do lado oposto, com a
palma da mão virada para ela. Deste ponto baixa-se e estende-se o cotovelo até
que o punho esteja aproximadamente 15cm acima do joelho. É uma defesa eficiente
contra os ataques ao abdome, golpeando o golpe do adversário. Finaliza-se com o
cotovelo totalmente estendido e a palma da mão virada para trás.
Este trabalho tem o objetivo analisar algumas questões e
métodos utilizados pelos lutadores para a perda rápida de peso. Com ajuda de
uma pesquisa em três academias de Curitiba com diversas modalidades de luta,
podemos analisar alguns aspectos. Há muito tempo vem sendo discutido entre
educadores, profissionais da saúde e cientistas do esporte sobre as
consequências da redução rápida de peso em lutadores. Já em 1976 o Colégio
Americano de Medicina do Esporte publicou uma pesquisa sobre o assunto.
Na nossa pesquisa observamos que muitos lutadores chegam a perde ate 2
kg por dia com métodos não muito apropriados e sem orientação de um
profissional capacitado.
Revisão
de leitura
Em
competições de lutas, é muito frequente a utilização de alguns métodos para a
perda rápida de peso em atletas. Normalmente para a execução da pesagem
classificatória que geralmente é realizada 24 horas antes da competição. Esta
perda de peso é feita na fase de pré-competitiva onde os atletas fazem
restrição alimentar e perda de líquidos, assim ficando um período de tempo sem
ingerir líquidos. Treina em lugares fechados, quentes, com vestes de borracha,
ocasionando uma hiperliberação de suor, até mesmo através da ingestão de
laxantes, diuréticos ou indução a vômitos, assim tendo eliminação de líquidos,
em contra partida fazendo estas restrições, ha um grande índice de problemas
intestinais e renais, pode-se dizer também que o gasto de energia será maior,
do que o atleta poderá consumir.
Com dietas radicais a uma redução de
até 10% de massa calórica sendo assim prejudicial à saúde sem contar as
alterações psicológicas como fadiga mental, raiva, isolamento entre outros.
Desidratação
Refere-se a um desequilíbrio na
dinâmica dos líquidos quando a ingestão hídrica não consegue repor a perda de
água. A desidratação afeta o desempenho aeróbico, diminui o volume de ejeção
ventricular pela redução no volume sanguíneo e aumenta a frequência cardíaca.
Efeitos da desidratação
Aumenta a temperatura central,
diminui a sudorese que leva a fadiga. Os efeitos podem ser leves ou graves como
até mesmo a morte.
De
leve a moderada.
·Fadiga.
·Perda de apetite.
·Sede (alarme atrasado)
·Pele vermelha.
·Intolerância ao calor.
·Tontura.
·Aumenta a concentração urinaria.
Efeitos
graves:
·Dificuldade de engolir.
·Perda de equilíbrio.
·Olhos afundados e visão fosca.
·Pele dormente.
·Delírio.
·Espasmos musculares.
Quando há execução de perda rápida
de peso ocorrerá: a redução muscular, declínio no tempo do desempenho, menor
volume plasmático e sanguíneo, redução na eficiência do miocárdio, diminuição
do consumo máximo de O2 especialmente restrição calórica enfraquecimento do
processo termorregular, diminuição do fluido de sangue renal e no volume de
líquidos sendo filtrados pelo rim e depleção dos estoques de glicogênio no
fígado (SOUZA 1989).
A performance piora em função da
desidratação, restrições da ingestão alimentar ou pela combinação desses dois
fatores.
O procedimento adotado para a
redução de peso, quanto ao desempenho aeróbio podem ocasionar redução da taxa
de glicogênio muscular, queda da eficiência do sistema cardiorrespiratório,
diminuição do volume de ejeção e debito cardíaco, limitando o transporte de O2.
Consequentemente há redução do volume de sangue e retorno venoso, sistema
imunológico afetado e alguns atletas púberes interrupção do crescimento.
Quanto ao desempenho anaeróbio, estudos
não indicam respostas conclusivas em relação às competições de lutas, uma vez
que a maioria das competições há um intervalo de recuperação entre a pesagem e
o inicio da luta que varia de três a vinte quatro horas.
Mas há evidencias de que a perda de
peso prejudique a produção de força, como as obtidas por Roemich e Sinning,
eles observam uma diminuição significativa na força isocinética de relação á
fase preparatória geral para o pré-competitivo, ou seja, as medidas de força
foram menores em período de temporada do que em férias, e por isso não precisa
reduzir peso. A produção de força pode ser negativamente afetada pela dieta de
perda de peso rápido, que ocorre em período competitivo.
O restabelecimento da homeostase
hidroeletrolítica leva cerca de 20 a 48 horas, reposição de glicogênio muscular
até 72 horas, e recuperação de massa magra pode levar mais tempo, ou seja, os
estudos mostram que lutadores que iniciam a luta em estado de desidratação não
são suficientes para retornar aos valores de volume de sangue.
Mecanismos responsáveis pela queda
de desempenho:
1.Diminuição
de glicogênio muscular, causado pela restrição energética acompanhada de
treinamento intenso.
2.Redução
na taxa de utilização do glicogênio.
3.Desequilíbrio
no sistema de tamponamento de bicarbonato causado pela ceto-acidose metabólica,
causadora do aumento de lactato.
4.Aumento
da temperatura corporal e maior dificuldade de termorregulação.
5.Perda
de massa magra.
A
perda de peso é efetiva se for realizada dias antes da pesagem e recuperada
subsequentemente. Realizam esse processo para levar possível vantagem de lutar
com adversários mais leves. Porem esta vasta redução de peso poucos dias antes
é prejudicial á saúde e ao desempenho do atleta, reduzem cerda de 5% de seu
peso, mas a atletas que chegam reduzir 10% do peso corporal. Usam métodos
agressivos como vômitos, laxantes, diuréticos e até mesmo ingestão de líquidos
e severa restrição de alimentos, treina com roupas de plástico/borrachas, e
logo após o treino vão para a sauna.
A
modalidade que a pesagem é de 3 a 5 horas antes da competição, nelas geralmente
os atletas costuma não perder tanto peso e recupera o peso ingerindo alimentos
e líquidos, á controvérsias segundo (OOPIK, PAASUKE, SIKKU, TIMPMANN,
MEDIJANEM, ERELINE 1996) se estas poucas horas são insuficientes para uma
adequada recuperação após a perda rápida de peso.
Embora
os atletas recuperem totalmente seu peso logo após a competição, este ciclo
“ganhar-perder” grandes quantidades de peso corporal em curto período de tempo
tem sido apontado como um fator agravante no quadro de inadequação de peso corporal
ao peso da categoria (BROWNELL, STEEN E WILMORE, 1987, MCCARGAR E CRAWFORD,
1992, SAARNI, RISSANEN, SARNA, KOSKEN VUO E KAPRIO, 2006), efeitos da perda
rápida de peso o desempenho anaeróbio.
Verifica-se que a vasta perda de
peso, pela restrição alimentar e métodos combinados, obtemos o desempenho
negativo e ocorrendo a desidratação diminui-se a eficiência
cardiorrespiratória, reduz o transportes O2 pelo sangue, a restrição energética
depleda os estoques de glicogênio muscular (HICKENER et al; 1991), assim
reduzindo a utilização do glicogênio como substrato energético para o
exercício, juntando isto explica a perda de rendimentos no exercício.
São avaliados para algumas
modalidades, saltos verticais, força de pressão, ciclo ergômetros, força
isométrica e corrida avaliando componentes das ações técnicas durante o combate
e também métodos para a perda de peso como restrição alimentar, perda de
liquido, indução de vômitos, uso de diuréticos e laxantes, dificilmente terá
recuperação eficiente após o período da pesagem, mas em contra partida, se o
atleta fizer uma dieta rica em carboidratos, os efeitos de desempenho podem
minimizar.
Segundo o Colégio Americano de
medicina do Esporte (1996) após um período de perda rápida de peso, a
homeostase hidroeletrolítica só será restabelecida após 22-48 horas de
recuperação, enquanto a recuperação do glicogênio muscular pode levar tempo
semelhante ou superior.
Com 5% de perda de peso o desempenho
é negativo, pois os atletas podem estar em estado de hipo-hidratação em
desequilíbrio e com o sistema de tamponamento sanguíneo menos efetivo, por isso
é de alta relevância o consumo de carboidratos para manter o desempenho. Outro
fator que ajuda a recuperação de desempenho é a combinação de creatina com
glicose entre a pesagem e o inicio da luta.
Pesquisa
A pesquisa tem o objetivo de
analisar algumas questões e métodos utilizados pelos lutadores para a perda
rápida de peso. A pesquisa foi aplicada na data de 21/05/2012, simultânea em
três academias de Curitiba. Striker House, Siam e Equipe 1. Utilizamos 50
atletas profissionais das modalidades de muay-thai, jiu-jitsu, boxe, wrestling
e MMA. Em anexo os questionários e gráficos relativos à pesquisa.
Conclusão
Devido
aos benefícios questionáveis e aos potenciais riscos para a saúde trazidos
pelos procedimentos através da redução rápida de peso. Podemos fazer seguintes
conclusões:
·Que
devemos educar os técnicos e os lutadores a respeito das consequências adversas
de um jejum prolongado e de um estado de desidratação severo para o desempenho
físico e da saúde.
·Desestimular
a utilização de roupas de borracha, saunas secas ou a vapor, laxantes e
diuréticos para perder peso.
·Que
as organizações devem adotar novos procedimentos de pesagem programando a
imediatamente antes das competições como e feita no jiu - jitsu.
·Enfatizar
a necessidade de uma ingestão calórica diária obtida através de uma dieta
balanceada rica em carboidratos com baixo teor de gorduras com isso perdera o
peso mais lenta e com mais qualidade.
Com esforços conjuntos entre técnicos, cientistas
do esporte, médicos, nutricionistas e lutadores, iram promover o esporte da
luta proporcionando um ambiente saudável e positivo para os atletas, com isso
os lutadores podem se concentrar melhor na aquisição de habilidades técnicas,
melhora da aptidão física e psicológica.
Referências
ARTIOLI, Guilherme;
FRANCHINI, Emerson; JUNIOR, Antônio. Perda de Peso em Esportes de Combate de
Domínio: Revisão e Recomendação Aplicadas. São Paulo, 2006.
FRANCHINI, Emerson. Judô, Desempenho
Competitivo. São Paulo, 2001.
LUCENA, Michelle; MIRANDA,
Eduardo; ASANO, Ricardo; NETO, João; SILVA, Juliana. Métodos e Estratégias
Utilizadas para Perda de Peso Pré-competição em Lutadores de Boxe. 2009.
ARTIOLI, Guilherme;
SCAGLIUSE, Fernanda; POLACOW, Viviane; GUALANO, Bruno, JUNIOR, Antônio.
Magnitude e Métodos de Perda Rápida de Peso em Judocas de Elite. São Paulo,
2011.
Anexo
FICHA DE AVALIAÇÃO
Nome(opcional):______________________________________Peso______ Categoria de Peso:_____________________________ Altura:___________
1)Quanto
tempo pratica luta?
( )seis meses a 1 ano ( ) 1 a 2 anos ( ) 3 a 4 anos ( ) 5 ou mais
2)Quantas
lutas já realizou?
()
1 vez ( ) 5 vezes
( ) 10 ou mais vezes
3)Você
costuma se adequar às categorias abaixo ou acima de peso?
( ) Sim ( ) para baixo ( ) Não
(
) para cima
4)Este
ano em quais categorias você competiu?
(
) 50 – 55 Kg ( ) 55 - 60 Kg (
) 60 - 65 Kg ( ) 65 - 70 Kg ( ) 70 - 75 Kg ( ) 70 - 80Kg
( ) 85 – 90 Kg ( ) 90 – 95 Kg ( ) 95 – 100 Kg ( ) acima de 100 Kg
( ) Dieta Hipocalóricas( ) Vômito ( ) Diuréticos ( ) Água Destilada ( )Suplementos
( ) Banheira de Sal ( )
Prática de exercícios em locais quentes ( ) Outros
9)Quantos
dias antes da competição inicia o trabalho para redução do peso?
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998; 2001) tratam os conteúdos dança, jogos, ginástica, esporte e lutas como uma representação corporal das diversas culturas humanas que tenham como característica o lúdico. Partindo deste entendimento, as lutas devem ser trabalhadas como estratégias metodológicas que não visem apenas à técnica pela técnica, mas sim que a criança possa vivenciar os aspectos corporais das lutas de uma maneira que lhes proporcione prazer e respeite suas características de crescimento, pois o organismo humano é um laboratório biológico em constante transformação, transformações estas que são úteis a vida e as adaptações ao mundo externo.
As lutas assim como os demais conteúdos da educação física, devem ser abordadas na escola de forma reflexiva, direcionada a propósitos mais abrangentes do que somente desenvolver capacidades e potencialidades físicas.
Esquecemos muitas vezes é que as lutas não se resumem apenas a técnicas, elas também ensinam aos seus praticantes a disciplina, valores tais como respeito, cidadania e ainda buscam o autocontrole emocional, o entendimento da história da humanidade, a filosofia que geralmente acompanha sua prática e acima de tudo, o mais importante, que é respeito pelo seu próximo.
Os Jogos de Oposição têm como identidade as mesmas características dos esportes de combate praticados desde o início das civilizações (OLIVEIRA e DOS SANTOS, 2006). Alguns desses Jogos continuaram ao longo do tempo sendo utilizados de forma simples e com características da cultura local, já outros adquiriram uma forma institucionalizada tornando-se esportes e Lutas das quais hoje conhecemos.
Os Jogos de Oposição aqui abordados tem como característica o ato de confrontação que acontece entre duplas, trios ou até mesmo em grupos. Seus objetivos são vencer o adversário, impor-se fisicamente ao outro, respeito às regras e acima de tudo assegurar a segurança do colega durante as atividades.
Durante a vivencia dos jogos a criança estará sendo estimulada a trabalhar os aspectos cognitivo, sócio-afetivo e motor. Desta forma a atividade visa contribuir para o desenvolvimento integral do aluno.
Recursos motores: assegurar um bom desenvolvimento da postura e base, controle do equilíbrio, coordenação dos movimentos, tirar, empurrar, apreender, levar, tocar, arrastar, evitar, levantar, imobilizar, voltar.
Cognitivos: elaborar estratégias, construir e apropriar-se das regras de funcionamento, avaliar, decidir, observar, reconhecer, comparar.
Sócio-afetivo: dominar as suas emoções, canalizar a sua agressividade, respeitar as regras, aceitar a derrota, respeitar o outro.
Dentre a classificação dos Jogos de Oposição podemos classificá-los em três grandes grupos:
1. Jogos que aproximam os combatentes: Estes jogos são procedentes dos esportes de combate que mantém contato direto (corpo a corpo), os quais consistem em tirar, empurrar, desequilibrar, projetar e imobilizar. Entre estes Jogos de Oposição podemos citar o Judô, Luta olímpica, Jiu-Jitsu, sumô etc.
2. Jogos que mantêm o adversário á distancia: estes jogos têm como característica não manter contato direto com seu adversário, este contato só se da no momento da aplicação de uma técnica. Os exemplos que podemos destacar são o Karatê, Boxe, Muay Thay, taekwondo.
3. Jogos que utilizam um instrumento mediador: Esgrima e Kendo.
Dentre as várias possibilidades pedagógicas e metodológicas, uma delas consistiria em manter um dos alunos em quadrupedia (posição de base) e seu oponente (posição de controle) tentaria desestabilizá-lo. O vencedor seria o que dentro de um tempo estipulado tirasse o equilíbrio de seu oponente ou o que conseguisse manter em equilíbrio até o final do tempo estipulado.
Essa metodologia é uma ótima estratégia para firmar valores éticos, como o respeito às regras da competição, treinar e aprimorar capacidades físicas e refinar habilidades motoras. Com isso, o professor de Educação Física Escolar que não tivesse em seu passado um histórico em lutas poderia perfeitamente desenvolver um conteúdo com amplos objetivos pedagógicos, o que sem dúvida poderia estimular os alunos a prática de uma luta especializada.
Durante a aplicação dos Jogos de Oposição precisamos levar em consideração alguns critérios de segurança para que não ocorram acidentes. Sendo assim devemos propor espaços delimitados que ofereçam segurança para a criança; tempos de jogo limitados e curtos (30 sec, 1min, 1min30) com sinal de início e fim de jogo; durante o jogo não utilizar jóias ou qualquer objeto que possa ferir; retirar os sapatos (quando necessário); estabelecer com os alunos as regras de segurança que conduzem a atividade; fazer um aquecimento específico que recorra à ações elementares da oposição: tirar, levar, cair, rolar etc.
No quadro abaixo segue alguns exemplos de Jogos de Oposição.
Sterkowicz (1997, citado por FRANCHINI, 2001 e
FRANCHINI e colaboradores, 2001) propôs um teste específico para o judô de
caráter intermitente, com a utilização da técnica ippon-seoinaguê.
O teste segue o seguinte protocolo: dois judocas
(ukes) de estatura e massa corporal semelhante (mesma categoria) à do
executante são posicionados a seis metros de distância um do outro, enquanto o
executante do teste (tori) fica a três metros de distância dos judocas que
serão arremessados. O teste é dividido em três períodos: 15s (A), 30s (B) e 30s
(C), com intervalos de 10s entre os mesmos (FRANCHINI, 2001 e FRANCHINI e
colaboradores, 2001).
Durante cada um dos períodos, o executante
arremessa os parceiros, utilizando a técnica ippon-seoi-naguê o maior número de
vezes possível. Imediatamente após e 1 minuto após o final do teste é
verificada a freqüência cardíaca do atleta. Os arremessos são somados e o
índice abaixo é calculado (FRANCHINI, 2001 e FRANCHINI e colaboradores, 2001):
Quanto melhor o desempenho no teste, menor o
valor do índice (FRANCHINI, 2001 e FRANCHINI e colaboradores, 2001).